Caio Henrique Lopes Ramiro
Fernando Rodrigues de Almeida
Giovane Moraes Porto
Roberto Bueno (organizadores)
160 páginas
ISBN 978-85-9459-124-1
Entre a polarização controle-sujeição intercala-se a resistência com o esco-po de profanar a sacralidade do governo gestor, restituindo ao político o diálogo e a esfera pública e ao direito a realização da coisa justa.
Eis a o fio condutor de cada um dos artigos aqui alinhavados pelos articu-listas desta obra de magna importância em tempos sombrios de racionalidade estratégica macroscópica e autonomia depauperada. A detecção genealógica do poder que opera no vácuo e de seres artificializados como sujeitos que esperam, como milagre, a interseção do divino governo cujo trono está vazio, permite que facínoras, lá e cá, apresentem-se para submeter e dominar a massa indolente.
Esse soberano, que age na exceção, com os códigos nos braços, não se cinge aos integrantes do executivo; as decisões "do que é norma", vexatórias, retro-cessivas e por vezes conspiratórias contra o Estado democrático, exsurgem no seio do legislativo, privatizado, e, sem pasmar ante o "mal banal", também go-vernam os justiceiros do poder judiciário, com seu consequencialismo sócio-econômico-político, sem respeito aos princípios basilares do verdadeiro direito.