Bruno Garrote
ISBN: 978-85-9459-021-3
172 páginas
O trabalho de Bruno Garrote se constitui como um texto que põe em questão o próprio texto que ele é ou pretende ser. (...) O texto de Garrote já seria muito interessante se fosse uma análise crítica do debate Dworkin-Fish sobre a interpretação no Direito e na Literatura. Mas se torna realmente fascinante quando percebemos que esse debate funciona apenas como pré-texto para colocar questões fundamentais sobre a natureza mesma das discussões filosóficas. (...) O esforço metafilosófico de Garrote é realmente importante e louvável porque, habitualmente, entabulamos discussões filosóficas sem oportunizar qualquer reflexão acerca de como elas efetivamente funcionam. O grande interesse deste diagnóstico, demoradamente desenvolvido ao longo da segunda parte deste trabalho, consiste precisamente no que ele é capaz de nos dizer sobre as discussões filosóficas em geral, na trilha de tentar repensá-las e de propor novas maneiras de visualizar e avaliar as nossas atividades filosóficas, em lugar de continuar a “defender” posições e “atacar” outras de maneira rotineira e impensada.
Julio Cabrera