Alvaro Valls
ISBN 978655953189-9
278 páginas
Sem a menor pretensão de comparar-me com Anticlimacus nem comparar este livro com A Doença para a Morte (1849), é preciso avisar que o presente livro poderá parecer bastante estranho para muitos. Em alguns capítulos, seu estilo é quase jornalístico, narrando histórias, descrevendo contextos, enumerando nomes de tradutores e datas de traduções. Em outros capítulos, muitos sentirão falta do elemento discursivo, quando me restrinjo a citar trechos curtos ou longos, ou simplesmente resumir e/ou parafrasear algum filósofo alemão que se aventurou a citar ou explorar passagens daquele escritor dinamarquês, o qual não queria jamais ser confundido com um filósofo alemão ou com um professor de academia, embora soubesse ser isso inevitável. Espero estar trazendo aí “materiais” (brutos) para futuros pesquisadores.
Este livro quer mostrar que Kierkegaard não era alemão e não escreveu para os alemães, mesmo prevendo que seus textos seriam capturados por esses e que o fariam marchar em fila com os pós-hegelianos mais famosos. E pretende mostrar, de maneira histórico-descritiva, quando, onde e como ele foi penetrando no idioma e no território alemães, para daí se espalhar pelo mundo. Espera conseguir ilustrar, ainda, quais os filosofemas que mais e melhor foram aproveitados por três grandes pioneiros na questão, intercalando uma espiadela aos teólogos daquela época de entreguerras.
Alvaro L. M. Valls