Jonas Roos
ISBN 978-85-9459-198-2
200 páginas
As questões existenciais, presentes na cultura como um todo – na arte, nos mitos, nas religiões etc. – foram e continuam sendo pensadas e reformuladas pela filosofia, a qual nos fornece ferramentas conceituais imprescindíveis para refletirmos sobre quem somos e qual o sentido de nossas vidas.
As religiões, por sua vez, desde o seu nascedouro, lidam com tais questões e procuram respondê-las de diferentes modos, a partir de diferentes narrativas, símbolos, práticas, diferentes visões de mundo. O cristianismo, e, mais especificamente, a interpretação que Kierkegaard faz dele, procura encaminhar tais questões enfatizando o paradoxo, a existência, a paixão e a subjetividade.
E assim o faz porque percebe que a resposta à pergunta pelo sentido da vida transcende toda objetividade. O cristianismo, assim, é entendido como aquele que desafia o indivíduo a tomar suas decisões pessoais e subjetivas, assumindo seus riscos e transformando tais decisões em uma prática de vida. Kierkegaard, contudo, é suficientemente atento para compreender que, do fato de que a proposta do cristianismo seja dirigida à subjetividade, não segue disso que seja inconsistente ou irrefletida.